Uma dose diária de pequenas
vibrações pode fazer tão bem aos ossos quanto exercícios mais vigorosos, como correr
ou jogar futebol, e poderá tornar-se um novo tratamento para osteoporose, anunciaram
cientistas nesta quarta-feira. Uma equipe de cientistas norte-americanos está experimentando em seres
humanos os mesmos testes de medição de densidade óssea aplicados em ovelhas que ficaram
em uma plataforma vibrante por 20 minutos ao dia, cinco vezes por semana, durante um ano.
A vibração quase imperceptível aumentou
significativamente a densidade dos ossos dos animais. Se os resultados forem os mesmos nos
humanos, poderá ter um amplo leque de aplicações, de fraturas a osteoporose, quando os
ossos se enfraquecem em conseqüência de mudanças hormonais.
Há anos que se acreditava que os estímulos
resultantes do exercício vigoroso eram os determinantes principais da morfologia óssea,
"Não estou duvidando que sejam importantes, mas que não são o único fator,"
disse Clinton Rubin, um dos autores do estudo publicado na revista Nature.
Rubin, da State University of New York em Stony
Brook, disse que o principal estímulo para o esqueleto humano são os sinais mecânicos
vindos dos músculos. As vibrações aplicadas nos testes, de 20 Hz a 50 Hz, são muito
mais fracas que as durante uma partida de futebol, mas tiveram mais freqüência.
A equipe de cientistas descobriu que a densidade
óssea das ovelhas tratadas era um terço maior do que a dos animais não submetidos à
experiência. Agora, estão aplicando os estímulos em mulheres na pós-menopausa e em
crianças com paralisia cerebral, que tendem a desenvolver osteoporose grave.
(Com
informações da Reuters)
Fonte: CNN |