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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

Estudo alerta que Teflon das frigideiras emite compostos perigosos ao esquentar
  

Pesquisadores da Universidade de Toronto advertem que o Teflon, um popular composto antiaderente utilizado em frigideiras, emite produtos químicos que demoram séculos para desaparecer e cujos efeitos a longo prazo são desconhecidos.

Mas, não se precipite em jogar fora todas suas frigideiras porque não ficou comprovado que as substâncias passam aos alimentos e a informação é insuficiente para apontar conseqüências claras.

O que parece estabelecido cientificamente é que o Teflon - um produto criado pela companhia Dupont de Nemours com um polímero de flúor - se corrompe quando esquenta a temperaturas entre 200 e 500 graus centígrados.

No entanto, Diane Chomper, porta-voz da multinacional, declarou que os estudos científicos foram realizados com temperaturas muito superiores às que se usam normalmente para cozinhar.

O estudo, dirigido pelos professores de química Scott Mabury e David Ellis, foi publicado na revista Nature e demonstra que entre os produtos químicos resultantes da degradação do Teflon se encontram o ácido trifluoracético (TFA) e os perfluorocarboxilatos, que se acumulam no tecido animal.

A descomposição do Teflon também origina gases CFC, responsáveis pela destruição da camada de ozônio, e fluorocarbonos, que contribuem no aquecimento global da Terra, assim como um herbicida de ação fraca.

Segundo os autores, "quando as fluorinas se decompõem, o subproduto é muito robusto e a natureza não sabe como decompô-lo".

O Teflon é utilizado há décadas nas frigideiras e outros utensílios de cozinha para evitar que os alimentos grudem.

 

Não mata, mas contamina

"A frigideira não vai matar ninguém", explicou Ellis. "Mas é preciso alertar que uma quantidade adicional de TFA entra no que está sendo cozido", continuou.

"Não queremos assustar ninguém, nem que joguem fora suas frigideiras", acrescentou.

Muitos outros produtos industriais também utilizam os mesmos polímeros de flúor para isolar cabos de comunicações, suavizar meias ou fortalecer óleo para motores.

O estudo sobre o Teflon foi desenvolvido para buscar as razões pelo rápido aumento de TFA na água de chuva, que atualmente varia entre 120 e 1.100 nanogramos por litro de água, uma quantidade que não se esperava encontrar antes de algumas décadas.

Fonte: CNN

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