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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

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Rápido exame na pele pode determinar grau de risco de doença coronariana

Um rápido exame para medir o colesterol na pele pode determinar o risco de uma pessoa sofrer doenças cardíacas. A quantidade de colesterol na pele é uma forma não  invasiva de avaliar a
extensão do entupimento das artérias, segundo uma pesquisa apresentada durante o encontro anual da conceituada American Heart Association, em Nova Orleans.

Pesquisadores da Clínica Cleveland descobriram que pacientes com níveis altos de colesterol na pele têm mais chance de ter artérias coronarianas deficientes, o que pode levar a um enfarte caso não sejam tratados.

Quatrocentos pacientes fizeram o novo exame de "Cholesterol 1,2,3" da pele e, em seguida, sofreram cateterização coronariana, o atual teste usado para medir a obstrução das artérias.

Os pacientes com altos níveis de colesterol na pele tinham entupimentos mais sérios do que os que apresentavam níveis reduzidos.

No novo exame, um pedaço de espuma é colocado na palma da mão do paciente e pingam-se gotas nos buracos do material.

Uma substância química no líquido adere ao colesterol na pele. Uma segunda substância é adicionada, reagindo com a primeira, que se torna azul.

Depois de dois minutos a mudança de cor é medida por um leitor de alta sensibilidade, conectado a um computador.

Então, é dado ao paciente um número que indica a quantidade de colesterol em sua pele.

Isso é significativo porque 11 por cento do colesterol do corpo estão na pele e se acumulam na mesma proporção que em outros tecidos, inclusive as artérias.

O criador do exame, Timothy Currie, da International Medical Innovations Inc., declarou à CNN, na terça-feira, que o teste é tão fácil que "qualquer um poderia fazê-lo, inclusive uma recepcionista ou uma enfermeira, enquanto o paciente aguarda ser atendido pelo médico.

"Se resultado do exame apontar níveis altos, o médico pode decidir se pede um exame de sangue para medir o colesterol", acrescentou.

Currie disse que esse procedimento poderia reduzir o número de pacientes que tiram sangue desnecessariamente.

O chefe do estudo, o médico Dennis Sprecher, enfatizou que são indispensáveis mais pesquisas para confirmar se o exame da pele poderia um dia substituir o exame de sangue.

Ele também observou que esse teste pode ser útil na monitoração da resposta do paciente a tratamentos para baixar o colesterol, como medicamentos, dieta e exercícios físicos.

A International Medical Innovations Inc. também está trabalhando em uma versão doméstica do teste e espera conseguir a aprovação da Food and Drug Administration para a pesquisa principal.

Uma decisão da agência que controla remédios e alimentos nos EUA deve ser divulgada no início do próximo ano.

Além da pesquisa da Clínica Cleveland, outros estudos nessa área estão sendo realizados no Canadá.

Fonte: CNN

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