Segundo especialistas
reunidos em Roma pela Fundação Internacional para a Osteoporose, o diagnóstico acaba
sendo feito após fraturas, quando poderia ocorrer anos antes, assim como os tratamentos
preventivos que evitariam fraturas ósseas. "Um estudo recente sobre as mulheres que sofrem fraturas demonstrou
que a osteoporose só é tratada em 19% dos casos", afirmou a doutora Marie-Christine
de Vernejoul, diretora do centro de investigação sobre esta doença do hospital
Lariboisiere de Paris.
Vernejoul acrescentou que vários fatores contribuem
para esta freqüente falta de tratamento: ignorância do risco por parte das mulheres,
desconhecimento dos médicos, custo do tratamento e acesso limitado ao aparelho que
permite saber a densidade óssea.
"Considerada durante muito tempo como uma
doença de evolução lenta, a osteoporose é na realidade uma enfermidade que progride
rapidamente uma vez que que tenha acontecido uma fratura", explicou o médico Helmut
Minne, da clínica Der Furstenhof de Bad Pyrmont (Alemanha).
Segundo suas estimativas, "a fratura da bacia
multiplica por dez os riscos de morte nos seis meses seguintes e a fratura vertebral
multiplica esses riscos por oito".
Essa doença e as fraturas que ocasiona acarretam
dores, deficiências, redução de estatura e deformações.
A osteoporose afeta entre 20 e 30% das mulheres na
menopausa e 50% das que tem mais de 60 anos. O risco de fratura aumenta com a idade.
Em menor proporção, a doença afeta também os
homens. Estima-se que atinja cerca de 13% dos que estão com mais de 50 anos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera
que a osteoporose é o segundo maior problema de saúde pública para as mulheres, depois
do câncer de mama.
(Com informações da France Presse)
Fonte: CNN |