Depois de fumo, a epidemia
de obesidade é o alvo mais importante para se reduzir a incidência de câncer, disse
professor Jaap Seidell, epidemiologista holandês, na conferência européia sobre
obesidade iniciada nesta quarta-feira reunindo 2.000 delegados na capital austríaca. Os especialistas afirmaram que reduzir o peso através de dietas mais
equilibradas e maior atividade física pode resultar em uma queda de 30 por cento a 40 por
cento, isto é 3 milhões a 4 milhões, de obesos em todo o mundo, a cada ano.
"Nem todo mundo se dá conta inteiramente de
que o excesso de peso extra e a obesidade contribuem significativamente para certos tipos
de câncer e não são apenas relacionados com doenças cardíacas e diabetes," disse
o professor Philip James, presidente da International Obesity Task Force.
A Organização Mundial de Saúde calcula que um em
cada quatro casos de câncer de rim e bexiga, um em cada 10 cânceres de cólon e um em
cada 12 casos na mama no período pós-menopausa são atribuídos à obesidade ou excesso
de peso.
"As pessoas estão cada vez mais pesadas e mais
jovens, e isso aumenta a prevalência da obesidade sobre o tempo," disse Seidell.
Os pesquisadores revelaram que a obesidade infantil
é maior nas cidades grandes, onde as crianças se exercitam menos por causa da falta de
espaço para brincar, e nas famílias com baixo nível de educação. É maior ainda em
famílias pequenas e quando a mãe trabalha fora.
Embora a herança genética tenha um papel relevante
na obesidade, a falta de exercício e tempo demais em frente à televisão e ao computador
são os principais fatores que contribuíram para o aumento de crianças obesas.
O maior aumento da obesidade infantil se registrou
nos Estados Unidos, mas os países europeus estão seguindo o mesmo caminho. Uma em cada
sete crianças na França e um em cada cinco na Itália estão acima do peso.
Fonte: CNN |