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O
segredo da mastigação, a chave para manter a magreza e melhorar a absorção de
nutrientes
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Comer sem pressa, mastigando bastante,
conforme a sabedoria oriental e a recomendação dos especialistas ocidentais, pode ser o
caminho para uma magreza constante.
Além de prejudicar a digestão, engolir a comida sem mastigar direito |
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também pode agravar o problema
para os que já apresentam tendência a engordar. O que a princípio depende do que se
come.
A nutricionista Jaqueline Peixoto considera que a mastigação lenta permite que as
enzimas digestivas tenham mais tempo para metabolizar os alimentos. Será então preciso
discernir entre alimentos pouco calóricos e hipercalóricos. No segundo caso, eles
também serão mais bem absorvidos. E a resposta aparecerá na balança.
A diferença entre gordos e magros
Já o endocrinologista Leoni Iribarren sugere observar a diferença entre os comensais em
uma churrascaria: "Basta olhar como gordos e magros comem," disse.
"Enquanto os gordos engolem rapidamente os alimentos sem mastigar direito e tomam
litros de água, os magros costumam mastigar lentamente, bebendo apenas um golinho de
líquido."
O que significa também que os gordos engolem sua ansiedade, mastigam rápido demais, o
que faz com que os alimentos não saiam devidamente preparados para o intestino delgado.
Como cabe a esta parte do intestino selecionar o que deve ou não ser aproveitado pelo
organismo, com o alimento adequadamente mastigado, esta seleção se faz de forma mais
apropriada. Mal mastigados, ao contrário, terminam sendo mal selecionados e o organismo
absorve mais do que deveria. E se engorda.
À noite, a tendência é piorar. Comer depois que o sol se põe, e depois que o organismo
começa a produzir melatonina, é também prejudicar o mecanismo de termogênese noturna.
Até porque, como disse o dr. Leoni, "quem tem tendência a engordar em geral
apresenta um defeito genético que propicia a produção em seu estômago, pâncreas,
fígado e parte do intestino delgado de uma pequena molécula que ativa um neuropeptídeo
chama Y (NPY).
No cérebro, este neuropeptídeo inibe a liberação do hormônio de crescimento",
disse. Isso é importante porque, em adultos que já completaram o crescimento, este
hormônio tem outras funções, entre elas a de agir como neurohormônio que atua no
metabolismo durante o sono.
"Então, quanto maior a ativação de NPY, maior a vontade de comer doces à noite e
menor a liberação de hormônio de crescimento," explicou. "Conseqüentemente,
também é menor a termogênese noturna, ou seja a capacidade de o organismo queimar
calorias para funcionar em repouso. Com isso, todas as calorias que lhe sobraram do
metabolismo diário passam a se incorporar aos tecidos. E o obeso engorda dormindo."
Quem come devagar não repete o prato
É bom lembrar que mastigar mal ou não mastigar o que se come também ativa o NPY.
"A saliva é bem mais do que um mero lubrificante para fazer descer os alimentos pelo
tubo digestivo", afirma o dr. Leoni Iribarren.
O endocrinologista Tércio Rocha concorda. "A mastigação é a primeira fase da
digestão, a trituração mecânica dos alimentos, em que eles recebem uma carga de
digestivos pela saliva", diz.
O processo é fundamental também por um motivo óbvio: quanto mais tempo leva a
mastigação, mais tempo terá o alimento a gotejar liqüefeito no estômago. Isso dá
tempo ao cérebro de receber o estímulo e enviar sua mensagem de saciedade - o que leva
um mínimo de 15 minutos. "Quem come devagar também quase nunca passa do primeiro
prato, dificilmente repete", avisa.
Uma dica prática para se forçar a comer devagar é descansar os talheres enquanto se
está mastigando. Só isso já descondiciona o reflexo de se formar nova garfada e
colocá-la na boca ainda cheia. E, gradativamente, vai ajudando a formar o novo hábito de
comer mais devagar. O que só fará melhorar sua digestão.Fonte: CNN |
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