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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

Cientistas tentam desvendar o segredo da longevidade
 

Uma nova descoberta pode dar esperanças de uma vida mais longa e saudável. Pesquisadores norte-americanos identificaram uma região de um cromossomo em que julgam estar os genes responsáveis pela longevidade, de acordo com um estudo divulgado na publicação Proceedings of the National Academy of Sciences.
A área, no cromossomo humano 4, contém entre 100 e 500 genes. Os cientistas afirmaram ter 95 por cento de certeza de que essa é a região certa para procurar genes específicos, responsáveis pela longevidade excepcional.

Até o momento, os pesquisadores apenas sabem indicar com precisão a região do cromossomo.

O próximo passo é identificar o gene ou genes exatos, responsáveis pela longevidade. Os cientistas também esperam compreender por que esses genes em particular ajudam as pessoas a viver mais.

"Essas descobertas poderiam levar ao desenvolvimento de medicamentos que imitassem o que as pessoas centenárias possuem geneticamente a fim de evitar as conseqüências negativas do envelhecimento", declararam em uma nota à imprensa os autores do estudo, o doutor Thomas Perls, um geriatra do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston, e Louis Kunkel, diretor de genética do Hospital Infantil de Boston.

"Nós não estamos tentando descobrir a fonte da juventude, mas sim o do bom envelhecimento", acrescentou Perls.

A maioria dos cientistas da área acredita que cerca de mil genes influenciam no envelhecimento dos seres humanos. Esse estudo desafia essa crença, afirmando que apenas uns poucos genes estariam envolvidos nesse fenômeno.

Os pesquisadores realizaram o que é conhecido como um estudo de vinculação de pares de irmãos e irmãs que têm a mesma mãe e o mesmo pai, analisando 137 conjuntos com idades muito avançadas. Os autores procuraram regiões dos cromossomos que fossem idênticas entre uma grande proporção de conjuntos.

Para participar do estudo, o voluntário tinha que ter 98 anos ou mais e pelo menos um irmão de 91 anos ou mais ou uma irmã de 95 anos ou mais.

Os resultados apontaram para uma região em particular, ao longo do cromossomo 4, como a seção do genoma humano onde há provavelmente o material genético que predispõe para uma vida extraordinariamente longa.

"Esse é o primeiro estudo a usar humanos para tentar identificar os genes que influenciam no tempo de vida", disse Perls.

Os pesquisadores pertencem ao Hospital Infantil e Harvard Medical School, ao Beth Israel Deaconess Medical Center, ao Howard Hughes Medical Institute, ao Whitehead Institute for Biomedical Research e à Rutgers University.

O trabalho foi financiado por várias organizações, entre elas: o Howard Hughes Medical Institute, a Ellison Medical Foundation, a Alzheimer's Association, a American Federation for Aging Research, a Alliance for Aging Research, o Institute for the Study of Aging, o National Institute on Aging, e a Retirement Research Foundation.

Fonte: CNN

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