A lipoaspiração pode ser um recurso
não só para retirar o excesso de gordura de certos pontos do corpo como também para
reduzir o nível de colesterol no sangue, segundo cientista austríaco. A nova pesquisa revelou que a cirurgia, na qual a gordura do corpo é
sugada através de um tubo conectado a um aparelho semelhante ao aspirador de pó, parece
provocar benefícios adicionais à saúde.
"A lipoaspiração é realizada por motivos
estéticos, mas nossos dados revelam que pode alterar significativamente o nível de
colesterol do paciente, o que pode beneficiar a saúde do coração," disse dr. Fitz
Hoppichler, da Universidade de Saltzburgo.
O estudo abrangeu oito pacientes, que perderam três
quilos cada um e tiveram um decréscimo significativo no nível de colesterol total.
O nível alto de colesterol no sangue é um dos
principais fatores que levam a doenças de coração, junto com obesidade, que também
está relacionada com uma série de outras doenças, tais como diabete, derrame, problemas
de junta e certos tipos de câncer.
Hoppichler disse que a lipoaspiração pode ser uma
opção para os obesos, mas seus efeitos sobre o metabolismo ainda estão sendo estudados.
Mas os especialistas advertem que a cirurgia não deve ser usada como substitutivo da
dieta e atividade física para manter um peso normal e se manter em boa forma.
A lipoaspiração é, atualmente, a cirurgia
plástica mais popular nos Estados Unidos, ultrapassando a remoção de bolsas de gordura
nas pálpebras e aumento dos seios.
No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica, cada vez mais os homens recorrem a esse tipo de cirurgia. Em 1995, de
cada dez pessoas submetidas à lipoaspiração, nove eram mulheres. Hoje, são três
homens para sete mulheres.
"O homem reavaliou seu comportamento e resolveu
investir mais no próprio corpo sem receio de sentir sua masculinidade diminuída",
disse Luiz Carlos Garcia, presidente da sociedade. Segundo o cirurgião, o número de
cirurgias plásticas no Brasil não para de aumentar. Em 1998 foram 240 mil cirurgias
plásticas, um ano depoi o número de operações chegou a 300 mil, um crescimento de 25
por cento. Deste total, segundo Luiz Garcia, um terço foi lipoaspiração.
Os médicos recomendam que pessoas obesas não
façam a cirurgia antes de procurar um programa médico que inclua educação alimentar e
atividade física . O limite de gordura retirada não deve ultrapassar 5 por cento do peso
total do paciente, recomenda a associação.
Nos últimos anos, a lipoaspiração se tornou um
procedimento extremamente seguro, disse José Tariki, presidente da SBCP de São Paulo.
(Com
informações da Reuters)
Fonte: CNN |