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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

Cromossomo masculino contribuiria para surgimento da hipertensão
  

Pesquisadores identificaram uma marca no cromossomo masculino que pode explicar parcialmente porque a hipertensão afeta mais os homens do que as mulheres até a meia idade. A descoberta fundamenta a crença de que a carga genética contribui para o risco de desenvolver o problema.
A marca é uma variação genética que foi encontrada em 51 de 155 homens estudados no sul da Polônia, ou em cerca de 30 por cento dos participantes.

Nos homens que possuíam a marca, as leituras de pressão sangüíneas eram em média de 145/90. Uma leitura de 140/90 é considerada alta.

Sua média de pressão sistólica -- o número mais alto, medindo a pressão dentro das artérias quando o coração bate -- era 10 pontos mais elevada do que nos homens sem a marca. A pressão diastólica -- o número mais baixo, medindo a pressão entre as batidas -- era cinco pontos maior.

Um relatório sobre o estudo elaborado pelo pesquisador Fadi J. Charchar, da Universidade de Glasgow, estava pronto para ser apresentado no domingo em Chicago, nos Estados Unidos, na conferência da American Heart Association sobre pesquisas de hipertensão.

Os cientistas da Escola Silesiana de Medicina, em Zabrze, na Polônia, contribuíram para o estudo, que foi financiado pela British Heart Foundation.

Cerca de 50 milhões de norte-americanos com 6 anos de idade ou mais têm pressão alta, condição que aumenta significativamente o risco de enfartes, derrames e outras doenças cardiovasculares.

A prevalência em adultos é estimada em 25 por cento nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, e pode ser levemente mais alta na Polônia, disse a doutora Anna Dominiczak, chefe do grupo de pesquisa de Glasgow.

Dos 20 aos 34 anos, os homens têm acima de duas vezes mais chance de ter hipertensão do que as mulheres. A disparidade continua até os 55 anos, quando muitas mulheres passam pela menopausa e perdem a suposta proteção dos hormônios femininos.

O peso, a idade a sensibilidade ao sal também seriam outros fatores que favoreceriam a essa condição.

Explorando a suspeita de que a carga genética também exerce influência, os pesquisadores coletaram o DNA e usaram uma enzima que os ajudou a distinguir duas formas de cromossomo Y, que determina o sexo masculino.

O doutor David Faxon, presidente da American Heart Association, disse que o estudo era útil para a ampliação do conhecimento sobre hipertensão, mas ainda muito inicial.

"Há provavelmente muito genes diferentes que são responsáveis pelo surgimento da pressão alta", observou Faxon.

Uma vez que os genes sejam identificados, afirmou, o próximo passo será o desenvolvimento de remédios ou alterações nos genes para tentar evitar o problema.

(Com informações da Associated Press)

Fonte: CNN

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