O Comitê de Genética e
Seguros, que se reporta ao Departamento de Saúde, aprovou o uso do teste genético que
identifica o risco da doença de Huntington. Polêmica
Teste para várias outras enfermidades, incluindo a
doença de Alzheimer, estão esperando a aprovação oficial.
O anúncio deve esquentar a polêmica sobre o uso de informações
genéticas.
Dois anos atrás, outro órgão governamental, a Comissão de Assessoria em
Genética Humana, havia proposto uma moratória de dois anos no uso de informações
desses testes.
Os críticos dizem que grupos vulneráveis podem encontrar dificuldades para
conseguir seguro ou empréstimo, ou ter de pagar mais caro por eles.
Quatro vezes mais caro
As seguradoras negam que o uso de teste genético vai levar a
discriminação.
John Durant, chefe do comitê, disse que os familiares dos portadores da
doença de Huntington já têm dificuldade, de qualquer forma, de conseguir seguro.
Ele argumenta que as pessoas que pertencem a uma família com histórico da
doença já são discriminadas, embora isso não signifique necessariamente que elas vão
desenvolver a doença.
Com o teste genético, elas vão poder provar que eventualmente não possuem
o gene que provoca a enfermidade.
"Essas pessoas vão poder conseguir um seguro, o que no momento seria
muito difícil", diz Durant.
Sue Watkin, da Associação dos Portadores da Doença de Huntington, diz
que, atualmente, as apólices de seguro para aqueles que têm 50% de chance de desenvolver
o mal são quatro vezes mais caras do que o normal.
Ela apelou ao governo que crie um fundo público para financiar o seguro das
pessoas com risco de desenvolver a doença.
Fonte: BBC |