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Seguradoras britânicas vão usar teste genético para determinar preço da apólice
  

As seguradoras da Grã-Bretanha vão ser autorizadas a usar testes genéticos para identificar pessoas com pré-disposição a doenças hereditárias.
O governo britânico vai anunciar nesta sexta-feira que as seguradoras vão poder usar os resultados para determinar o preço da apólice e até para decidir se vão ou não fazer o seguro.
A Grã-Bretanha deve ser o primeiro país a aprovar o uso da tecnologia genética com esse fim.
O Comitê de Genética e Seguros, que se reporta ao Departamento de Saúde, aprovou o uso do teste genético que identifica o risco da doença de Huntington.

Polêmica

Teste para várias outras enfermidades, incluindo a doença de Alzheimer, estão esperando a aprovação oficial.
O anúncio deve esquentar a polêmica sobre o uso de informações genéticas.
Dois anos atrás, outro órgão governamental, a Comissão de Assessoria em Genética Humana, havia proposto uma moratória de dois anos no uso de informações desses testes.
Os críticos dizem que grupos vulneráveis podem encontrar dificuldades para conseguir seguro ou empréstimo, ou ter de pagar mais caro por eles.
Quatro vezes mais caro
As seguradoras negam que o uso de teste genético vai levar a discriminação.
John Durant, chefe do comitê, disse que os familiares dos portadores da doença de Huntington já têm dificuldade, de qualquer forma, de conseguir seguro.
Ele argumenta que as pessoas que pertencem a uma família com histórico da doença já são discriminadas, embora isso não signifique necessariamente que elas vão desenvolver a doença.
Com o teste genético, elas vão poder provar que eventualmente não possuem o gene que provoca a enfermidade.
"Essas pessoas vão poder conseguir um seguro, o que no momento seria muito difícil", diz Durant.
Sue Watkin, da Associação dos Portadores da Doença de Huntington, diz que, atualmente, as apólices de seguro para aqueles que têm 50% de chance de desenvolver o mal são quatro vezes mais caras do que o normal.
Ela apelou ao governo que crie um fundo público para financiar o seguro das pessoas com risco de desenvolver a doença.

Fonte: BBC

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