Em experiências de
laboratório do National Institutes of Health (NIH), os cientistas estudaram ratos que
foram criados sem um gene específico ligado à neutralização dos efeitos dos radicais
livres de oxigênio. Esses ratos tendem a ter um período de vida cerca de 40 por cento
menor do que os portadores do gene em questão. O gene produz uma enzima chamada MsrA, que, segundo os estudos, ajuda a
proteger as células dos danos causados por um tipo de oxigênio altamente reativo, disse
Jackob Moskovitz, um pesquisador do NIH.
Os radicais livres de oxigênio são produzidos
durante o metabolismo celular. Essas moléculas reativas de oxigênio são capazes de
danificar os genes e causar alterações nas proteínas.
Moskovitz explicou que a enzima MsrA neutraliza os
radicais livres de oxigênio e repara as proteínas que haviam sido danificadas. A enzima,
em uma ação ainda não compreendida, também protege as células cerebrais que são
danificadas por estresse de oxigênio.
No trabalho, os pesquisadores do NIH acompanharam a
vida de 17 ratos que não possuíam genes MsrA e de 22 que tinham pelo menos um gene MsrA.
Os ratos que tinham pelo menos um dos genes viviam
em média 672 dias, enquanto os ratos com genes normais tinham em média 680 dias de vida.
Mas os animais que não tinham nenhum gene MsrA sobreviviam por apenas 409 dias, cerca de
40 por cento menos.
Além disso, Moskovitz relatou que alguns ratos que
não possuíam os genes MsrA começaram a andar nas pontas dos pés quando tinham seis
meses de idade. Ele afirmou que o fenômeno indica que esses animais sofreram algum tipo
de dano cerebral e sugeria que os genes exercem um papel na proteção do órgão contra o
estresse de oxigênio. A ação precisa da enzima MsrA no cérebro não está clara,
disse.
Moskovitz informou que o próximo passo do estudo é
desenvolver um rato com genes que provoquem uma superabundância da enzima MsrA.
"Se aumentarmos a produção da enzima e o
animal viver 50 por cento mais tempo, seria muito sugestivo e levaria à possibilidade de
a experiência ser testada em seres humanos", declarou, ressaltando que são
necessários ainda quatro anos de experiências para avaliar os principais efeitos da
MsrA.
(Com
informações da Associated Press)
Fonte: CNN |