Os voluntários, todos do sexo masculino, passaram 30 minutos na sala de
fumantes do hospital da universidade. Depois, foram examinados para verificar como as
células endoteliais de seus corações estavam funcionando. As células endoteliais - que revestem internamente as estruturas do
aparelho circulatório, inclusive do coração - contribuem para aumentar o fluxo de
sangue e inibem a formação de coágulos.
Quando sua função é prejudicada, elas colaboram
para o estreitamento dos vasos sanguíneos, restringindo o fluxo de sangue, e favorecendo
o endurecimento das artérias.
O estudo em Osaka mostrou que, depois de apenas
curtos períodos de exposição, o fumo passivo tinha "reduzido abruptamente" a
função das células endoteliais em não fumantes.
Os fumantes, que consumiam mais de 20 cigarros por
dia e cuja função das células endoteliais já estava debilitada, não sofreram a mesma
redução pronunciada da atividade dessas células devido ao fumo passivo.
Em 1992, a American Heart Association concluiu que o
risco de morte por doença cardíaca é ampliado em cerca de 30 por centro entre aqueles
expostos à fumaça de tabaco no ambiente de casa, e que poderia ser maior ainda nos
expostos a ela no local de trabalho.
As descobertas do novo estudo "são importantes
não apenas porque ilustram a importância de evitar que não-fumantes sejam expostos a
fumaça de tabaco, mas também porque ajudam a explicar o risco relativamente alto de
morte ou problemas cardíacos associados ao fumo passivo se comparado aos riscos dos
fumantes", disse a publicação em seu editorial, assinado por Stanton A. Glantz e
pelo doutor William Parmley, do Departamento de Cardiologia da Universidade da
Califórnia, em San Francisco.
Embora a indústria do cigarro não tenha
reconhecido que o fumo passivo seja perigoso, um porta-voz da Philip Morris, Billy Abshaw,
disse que as pessoas deviam prestar atenção nas recomendações das autoridades de
saúde pública.
(Com
informações da Reuters)
Fonte: CNN |