Um ritmo cardíaco pouco
coordenado registrado durante o esforço pode seu um alerta para uma probabilidade maior
de se sofrer um ataque fatal do coração algumas décadas, concluiu a equipe do Hospital
Europeu Georges Pompidou, em Paris. O estudo
abrangeu 6.101 homens aparentemente sadios e revelou que 138 pesquisados, cujos batimentos
cardíacos apresentaram um padrão irregular durante um teste de esforço, tinham 2,7 mais
probabilidade de morrer de doença cardíaca nos 23 anos seguintes.
A equipe, chefiada por dr. Xavier Jouven, afirmou que os
pacientes que desenvolveram ritmo anormal, conhecido como despolarização ventricular
prematura, "devem certamente ser avaliados e tratados" visando os fatores de
risco de doença cardíaca e enfaticamente aconselhados a largar o fumo.
O ritmo irregular só apresentou perigo quando comum
durante o exercício, informou a agência Reuters. Despolarizações infreqüentes não
aumentaram o risco de morte, o que também não se registrou em despolarizações
freqüentes ocorridas antes ou depois de exercício.
Em editorial que acompanha o estudo, dr. Hugh Calkins da
Escola de Medicina da Johns Hopkins University, em Baltimore, disse que o aumento do risco
é semelhante ao das pessoas que desenvolvem dor no peito durante o teste de esforço.
"Ambos são grandes demais para serem ignorados,"
disse Calkins. "É indicado, nos casos de pacientes com essas arritmias, a
realização de testes adicionais de diagnóstico, uma atenção maior para mudanças nos
fatores de risco de doença cardiovascular e um acompanhamento mais cuidadoso."
Fonte: CNN |