Os cientistas utilizaram
dois critérios em seu estudo: um baseado em dados de saúde pública para o funcionamento
físico, social e cognitivo, e outro na opinião dos próprios voluntários sobre o que
seria envelhecer com sucesso. Apenas
10 por cento dos participantes, de acordo com os resultados, satisfaziam todos os
critérios e que poderiam ser classificados na categoria de envelhecimento bem-sucedido,
mas 45 por cento das pessoas avaliadas possuíam excelentes dados de bem-estar.
As entrevistas revelaram que a maioria dos idosos
via um envelhecimento bem-sucedido mais como um processo de adaptação, relataram os
autores do estudo, publicado na edição de dezembro da revista Archives of Internal
Medicine, da American Medical Association.
Os idosos estudados reconheceram os vários
domínios de envelhecimento bem-sucedido, mas valorizaram mais o bem-estar e o
funcionamento social do que o funcionamento físico e cognitivo, indicaram os resultados
do trabalho.
"A parte qualitativa do estudo mostrou que a
proporção de idosos que perceberam ter envelhecido com êxito era muito mais alta",
afirmou a pesquisa.
"Da perspectiva dos participantes, os
diferentes domínios que constituem um envelhecimento bem-sucedido foram reconhecidos. No
entanto, eles consideraram os contatos sociais a condição mais importante para o
bem-estar e - como uma conseqüência - para um bom envelhecimento", acrescentou.
"A ausência de limitações e perdas não
constitui o sucesso de um idoso. O sucesso é medido pela forma como essas limitações e
perdas são integradas com as atitudes de uma pessoa em relação ao envelhecimento",
conclui o trabalho.
"O envelhecimento bem-sucedido não é tanto
uma questão de medir objetivamente as funções físicas, mas qual é o nível de sucesso
atingido no processo de adaptação às limitações físicas de forma a satisfazer a
pessoa em questão".
(Com informações da Reuters)
Fonte: CNN |