existe uma droga que age
como esponja e que chupa tudo, mas isso não é verdade". E os remédios para emagrecer que aumentam o metabolismo ou bloqueiam a
absorção de gordura também requerem modificação de hábitos alimentares.
Nenhum dos remédios contra obesidade, disponíveis
no mercado norte-americano, é particularmente potente, disseram especialistas,
acrescentando que essas drogas não funcionariam sem uma redução no consumo de alimentos
e de gorduras, combinada com um aumento nos exercícios físicos.
"Esses remédios não podem ser usados
exclusivamente; existe uma idéia errada sobre eles", disse Chris Rosenbloom, chefe
do departamento de nutrição da Universidade Estadual da Geórgia, em Atlanta.
Então o que leva uma pessoa a gastar entre 50 e 100
dólares por mês (ou mais se o seguro não cobre a prescrição) em pílulas que podem
não proporcionar o resultado desejado?
Os remédios para emagrecimento podem ajudar pessoas
que são morbidamente obsesas - com mais de 150 quilos - e que são incapazes de fazer o
menor exercício físico ou caminhar, devido ao excesso de peso, afirmou Rosenbloom.
"Às vezes a medicação pode ajudar a dar
início à perda de peso... ou dá um apoio psicológico quando a pessoa começa a sentir
alguma melhora", explica. "A cirurgia para alguém muito gordo é uma outra
opção; eu não sou contra nenhuma dessas estratégias".
Para aqueles que optam por uma abordagem
farmacológica, os remédios para emagrecimento podem ser divididos em duas categorias -
aqueles que impedem a absorção de alguma gordura e aqueles que suprimem o apetite.
A primeira categoria inibe a enzima intestinal que
metaboliza a gordura para que esta passe sem digestão. Xenical é um exemplo.
Os supressores de apetite, tais como Meridia, afetam
os centros de controle da fome no cérebro.
Mas a fome não é o único acionador da vontade de
comer, dizem os especialistas.
"Você tem um monte de poderosas forças que
levam a comer", afirmou Frank. "Nossa cultura não usa a comida só para fins
nutricionais; a idéia de que comer é meramente um conceito de escolha é uma análise
ingênua sobre as razões que levam as pessoas a comer".
A genética e falhas no metabolismo são também
fatores de obesidade, acrescentou Frank. Algumas pessoas comem por prazer e, para esses,
uma terapia de reestruturação do comportamento pode ser útil na combinação com
remédios para emagrecer.
Os efeitos colaterais dos remédios parecem ser
mínimos, disseram os médicos. Alguns supressores de apetite podem criar dependência
psicológica porque contêm phentermina, uma substância que é quimicamente similar às
anfetaminas. Outros podem causar insônia, irritabilidade ou depressão.
Remédios que impedem a absorção de gordura podem
causar diarréia, flatulência, dormência e desconforto intestinal.
Em geral, embora os riscos de tomar remédios para
emagrecimento sejam mínimos, segundo Frank, "existe muito mais risco com uma
obesidade incontrolável".
Fonte: CNN |