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Descoberta facilita diagnóstico precoce
da eclâmpsia
 

Pesquisadores alemães que estudam eclâmpsia, condição perigosa em mulheres grávidas, capaz de provocar coma ou mesmo morte, descobriram o que pode ser a chave para explicar o grande salto na pressão sangüínea durante sua manifestação.
A descoberta pode levar ao diagnóstico precoce da pre-eclâmpsia. A eclâmpsia causa convulsões e pode precipitar o parto, ameaçando às vezes tanto a mãe como o bebê.

Cientistas liderados pela dra. Ursula Quitterer, do Instituto de Farmacologia e Toxicologia de Wuerzburg, na Alemanha, estudaram as plaquetas, pequenas células sangüíneas em forma de disco, para a análise das condições da gravidez. Examinaram plaquetas de 34 mulheres, das quais 19 haviam tido pré-eclâmpsia.

Nas plaquetas das mulheres com pré-eclâmpsia, dois receptores normalmente separados na superfície das células estavam colados. Esses receptores respondem a diferentes substâcias químicas na corrente sangüínea -- a angiotensina II, que provoca o estreitamento dos vasos sanqüíneos, e a bradicinina que contrabalança os efeitos do angiotensina.

Esses dois receptores combinados fazem com que as mulheres se tornem extremamente sensíveis à angiotensina, explicou Quitterer. E isso acaba provocando um salto na pressão sangüínea.

Como resultado da descoberta, está sendo lançado um programa de pesquisa para desenvolver meios de realizar um diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia, com base na presença desses dois receptores amalgamados. Somando-se ao aumento da pressão sangüínea, a pré-eclâmpsia pode também ser caracterizada por inchação, ganho de peso e proteína na urina. Ocorre em cerca de cinco por cento das mulheres grávidas e sua causa é desconhecida.

As descobertas da equipe de Quitterer estão relatadas na edição desta sexta-feira do jornal Nature Medicine. Dr. David Lodwick, da Universidade de Leicester, Inglaterra, observou em comentário sobre a descoberta que, além de aumentar a pressão sangüínea, a angiotensina II também estimula o sistema nervoso.

Segundo ele, a descoberta de Quitterer "fornece uma explicação plausível para a hipertensão na pré-clâmpsia".

(Com informações da Associated Press)

Fonte: CNN

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