ligeiramente melhor do que o uso
em separado das drogas. A descoberta pode
ajudar a dissipar as preocupações a respeito do uso combinado de aspirina e inibidores
ACE e os riscos em potencial para alguns pacientes com problemas cardíacos.
"Nós não encontramos provas de interação
adversa", disse o médico Harlan M. Krumholz, um dos autores dos estudo, em
entrevista à revista Archives of Internal Medicine.
Um outro estudo de Krumholz - publicado na mesma revista -
sugere que a aspirina pode ser ministrada com segurança para diminuir o risco de morte
entre os pacientes com problemas cardíacos. Os dois trabalhos analisaram pacientes com
idades de 65 anos ou mais.
A aspirina, uma substância que melhora o fluxo sangüíneo
nas artérias ao tornar o sangue menos viscoso e menos propenso à coagulação, é
geralmente recomendada na prevenção e tratamento de problemas cardíacos.
Mas, o seu uso tem sido questionado em pacientes com
problemas de coração que não sofram de coagulação na artéria coronária.
Já os inibidores ACE, que baixam a pressão sangüínea e
ajudam a evitar a obstrução das artérias, são comumente recomendados para esses
pacientes, segundo o cardiologista David A. Meyerson, do Hospital Johns Hopkins e
porta-voz da American Heart Association.
Alguns médicos se mostram relutantes ao prescrever
aspirina para pacientes cardíacos sem problemas de coagulação sangüínea nas artérias
em parte devido às preocupações de que essa substância possa mitigar a eficácia dos
inibidores ACE, disse Meyerson.
O segundo estudo, envolvendo 1.100 pacientes com problemas
cardíacos, mostra que em um período de um ano houve uma redução em 29 por cento nos
riscos de morte entre as pessoas que tomaram aspirina.
Alguns pacientes também receberam doses de inibidores ACE,
mas a interação entre os dois medicamentos não foi alvo do estudo.
Apesar de os pesquisadores não saberem com precisão como
a aspirina poderia aumentar as chances de sobrevivência do paciente com problemas
cardíacos, os resultados "sugerem que uma das mais simples medicações disponíveis
continua a ser uma das mais eficazes", disse Meyerson.
Ele acrescentou que a American Heart Association avaliará
a possibilidade de incluir a aspirina nos tratamentos recomendados para pacientes idosos
com problemas cardíacos sem coagulação cardiovascular. Os procedimentos atuais
recomendam o uso combinado de aspirina e inibidores ACE.
De acordo com a pesquisa de Krumholz com 14.129 pessoas que
sofreram enfartos, os medicamentos foram igualmente eficientes quando ministrados
separadamente, reduzindo as chances de o paciente morrer de ataque cardíaco em cerca de
15 por cento, no período pesquisado de um ano.
Os pacientes que usaram as duas drogas conjuntamente
apresentaram uma ligeira melhora, frisaram os autores.
"Esse assunto é de grande importância já que alguns
médicos se mostram reticentes quanto às recomendações por causa de preocupações
quanto a interação adversa (dos medicamentos)", informou Krumholz e seus colegas em
um nota.
"Os resultados desse estudo sugerem que os atuais
procedimentos não precisam ser alterados."
(Com informações da Associated Press)
Fonte: CNN |