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Médicos
norte-americanos declaram guerra ao colesterol alto
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Declarando guerra aos altos níveis de
colesterol no sangue, especialistas norte-americanos divulgaram nesta terça-feira novas
diretrizes que podem levar milhões de pessoas a tomarem medicamentos redutores de
colesterol para reduzir o risco de um ataque cardíaco. |
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As diretrizes, voltadas para
pessoas acima dos 20 anos, foram elaboradas por especialistas reunidos pelo Instituto
Nacional de Coração, Pulmão e Sangue, NHLBI, dos National Institutes of Health e
recomendam um tratamento mais agressivo para reduzir o colesterol nas pessoas com alto
risco de doenças cardíacas.
Os níveis de colesterol total no sangue de 200 miligramas por decilitro ou menos
continuam sendo considerados normais e os níveis de 240 ou mais considerados altos.
Já as indicações para os níveis do bom colesterol, lipoproteína de alta densidade,
HDL, sofreram alteração. O nível baixo subiu de 35 mg, fixado nas diretrizes de 1993,
para 40 mg. O LDL é considerado normal ao nível de 100 mg, limítrofe em 159 mg, 160 mg
alto e 190 mg muito alto.
"As novas diretrizes deverão aumentar substancialmente o número de norte-americanos
sob tratamento para colesterol alto," disse dr. Claude Lenfant, diretor do NHLBI.
Se as diretrizes forem seguidas, disse, o número de norte-americanos com prescrição de
drogas redutoras de colesterol deverá pular de 13 milhões para 36 milhões. Essas drogas
fazem o fígado reduzir a produção de colesterol.
Drogas e dieta
As doenças do coração são a maior causa de morte nos Estado Unidos, responsável por
cerca de 500.000 mortes por ano. O alto nível de colesterol no sangue é um dos
principais fatores de risco, por formar coágulos nos vasos sangüíneos.
Entre as recomendações, estão o uso mais amplo de medicamentos, a identificação das
pessoas com risco maior de ataque cardíaco e mudanças no estilo de vida abrangendo
dietas pobres em gordura.
O número de norte-americanos que recorrem a dietas especiais para combater o colesterol
alto deverá aumentar de 52 milhões para 65 milhões de pessoas.
Os especialistas disseram que reduzindo os níveis da lipoproteína de baixa densidade,
LDL, o chamado colesterol mau, o risco de doenças cardíacas cai em cerca de 40 por
cento.
"Queremos que as pessoas sejam informadas sobre seu risco de doença cardíaca e
tenham um papel ativo na prevenção de seu próprio ataque cardíaco," disse dr.
Scott Grundy, da University of Texas Southwestern Medical Center em Dallas, um dos
especialistas que elaboraram as diretrizes.
"Mas queremos também que os médicos ponham isso em sua lista de altas
prioridades," acrescentou. "Infelizmente, a realidade é que os médicos tratam
primeiro dos problemas agudos e a atenção à prevenção vem em segundo. Queremos que
fatores de risco como o colesterol estejam na linha de frente."
Segundo a American Heart Association, há quase 41 milhões de norte-americanos com nível
alto de colesterol e mais de 100 milhões chegando lá, com os níveis do limite do
normal.
Os especialistas recomendaram os adultos acima de 20 anos a fazer exames de sangue a cada
cinco anos, para verificar os níveis de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos. Fonte: CNN |
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