de sofrer enfermidades
cardiovasculares. Mas esse risco é ainda maior nos fumantes portadores da versão
"E4" do gene denominado "APOE" (apoliproteína). "O risco é aproximadamente triplicado em tal caso" com relação
aos não fumantes, assinalou o professor Steve Humphries (University College London
Medical School), que dirigiu a pesquisa.
Este estudo, publicado na revista médica britânica
The Lancet, consistiu no acompanhamento por um período de oito anos de 3.052 homens em
bom estado de saúde e de idades entre 50 e 61 anos.
"O efeito é independente dos níveis de
colesterol sangüíneo", precisou o professor Humphries, especialista em genética
cardiovascular. "Isto quer dizer que se uma pessoa tem a versão E4 do gene em
questão e fuma, o risco é grande", acrescentou.
Análises genéticas foram realizadas para
determinar de qual das três versões do gene, E2, E3 ou E4, eram portadores os
participantes na pesquisa. Foram obtidos dados genéticos completos de 2.258 deles.
Foram registrados os ataques cardíacos, fatais ou
não, sofridos durante a pesquisa, os infartos "silenciosos" detectados graças
a eletrocardiogramas e às cirurgias nas coronárias (artérias cuja obstrução provoca
infartos).
Os portadores da versão E2 têm as taxas mais
baixas de colesterol sangüíneo e os da versão E4, sejam fumantes ou não, as taxas mais
altas. O risco aparece independentemente do colesterol.
Dado interessante: entre os ex-fumantes portadores
da versão E4 do gene, o risco é semelhante ao dos homens portadores da mesma
característica genética que nunca fumaram.
Esta observação permite supor que o risco alto é
reversível quando se deixa de fumar, assinalam os autores do estudo.
Fonte: CNN |