diminuí-la, como se pensava. A
Which?, uma revista que faz testes de produtos para o consumidor, publicou em sua edição
de quinta-feira que as novas descobertas confirmam um teste divulgado na edição de abril
mostrando que os fones triplicavam a exposição à radiação, em comparação com o uso
direto do celular. O governo britânico
refutou a reportagem de abril, alegando que pesquisas oficiais provaram que o acessório
reduzia a exposição à radiação.
Na nova reportagem, entretanto, a Which? aponta falhas no
método de pesquisa utilizado pelo governo e afirma que pesquisas realizadas com modelos
convencionais confirmaram que o kit de fones para celular pode servir como um canalizador
de radiação para o cérebro.
O nível de exposição dependeria da distância entre a
ponta da antena do telefone e o fone de ouvido, o que significa que ele varia dependendo
de onde o usuário coloca o aparelho. A Which? afirma que as pesquisas do governo não
consideraram esse fator.
"Não confie no kit 'hands-free' para reduzir a
quantidade de radiação emitida por um telefone celular", aconselha a reportagem.
"Nossas últimas pesquisas comprovam que, na verdade, eles podem aumentar a
radiação dos telefones celulares."
A revista ressalva, entretanto, que, conforme a posição em que se usa o aparelho, a
exposição à radiação pode realmente ser reduzida. "Mas, infelizmente, não há
como os consumidores descobrirem a melhor posição para reduzir o nível de
radiação."
Mesmo considerando o aumento da exposição à radiação,
os acessórios ainda estão de acordo com os níveis de segurança estabelecidos pela
Grã-Bretanha e outros países da Europa.
Cientistas alegam que a radiação emitida pelos telefones
celulares aquece os tecidos cerebrais e que algumas cobaias chegaram a desenvolver câncer
em testes realizados na Austrália e na Finlândia, enquanto outras ficaram
"tontas" após a exposição às ondas.
Mas não se pode provar ainda se os aparelhos representam
um risco real à saúde humana.
Fonte: CNN |