Muita informação para você

Receba nossas reportagens, semanalmente, por
e-mail. Basta assinar nosso Jornal Saúde.
É de graça.

Nome:
e-mail:

Receba semanalmente as última notícias na área da saúde. É de graça.
news.gif (2394 bytes)

Câncer de próstata pode ter
cura, se descoberto cedo

 

Os homens latinos costumam fugir destes exames como crianças, mas a única maneira de prevenir o câncer de próstata é fazer check-ups a partir dos 45 anos, já que a doença não apresenta nenhum tipo de sintoma.
Organização Mundial de Saúde, OMS, e a American Urologycal Association, AUA, recomendam que a partir dessa idade os homens façam, obrigatoriamente, dois exames anuais, dosagem do antígeno prostático específico e toque retal.

O antígeno prostático específico, também conhecido no Brasil pela sigla PSA, é uma proteína presente no sangue e quando tem níveis altos é fortemente sugestiva de câncer.

"As chances de esse exame simples, não-invasivo e de alta especificidade darem um diagnóstico correto são de 85 por cento", disse Joaquim de Almeida Claro, professor assistente de Urologia da Universidade Federal de São Paulo.

O exame digital da próstata, o famoso e repelido toque retal, é feito no consultório médico e absolutamente indolor. É capaz de detectar o surgimento de um tumor.

"A população latina não aceita bem esse tipo de exame por um problema cultural e também por achar que afeta a masculinidade", disse. "Mas é um exame importantíssimo e de fácil realização."

O ultra-som da próstata é indicado apenas quando o PSA ou o toque retal deixarem dúvidas. Por meio dele, é possível observar o tamanho e os contornos do órgão, se está normal e nítido, averiguar se existem nódulos e até guiar o médico para a realização de uma biópsia, retirada de um fragmento do tecido.

Novos casos

Só nos Estados Unidos, onde cerca de 10 por cento da população masculina é afetada, ocorrem de 250 a 300 mil novos casos por ano. No Brasil, não existem estatísticas abrangentes sobre o assunto.

O grupo de maior risco de câncer de próstata é os negros, que o desenvolvem mais cedo e de forma mais agressiva. Já nos orientais, esse tipo de doença é mais raro.

Os homens com antecedentes familiares de câncer de próstata ou que têm registros de casos de câncer de mama na família também têm o risco aumentado. Joaquim Claro explicou que os tumores de mama e próstata estão interligados.

Dois dos motivos apontados como responsáveis pela incidência da doença são a longevidade e alimentação. A primeira porque a população masculina está vivendo mais e, por isso, corre mais riscos de desenvolver o câncer de próstata. A ciência comprovou que dietas ricas em gordura favorecem esse tipo de tumor.

Tratamentos

Embora a medicina tenha avançado muito no modo de identificar a doença, ainda engatinhava, até há pouco tempo, no tratamento. Somente há três anos foi possível diminuir o índice de mortes, que beirava os 20 mil por ano nos Estados Unidos em 1998.

"É um número aceitável diante de 300 mil casos norte-americanos", disse Joaquim Claro.

A cirurgia radical, que retira o tumor, a próstata e as vesículas seminais, é considerada a melhor forma de tratamento.

"Quando o diagnóstico é feito precocemente e o câncer localizado, as chances de cura são de 85 por cento a 90 por cento", disse. Depois de operado, o paciente não tem de se submeter a sessões de quimioterapia, prática comum para doentes de câncer.

"Os quimioterápicos não têm qualquer efeito sobre as células cancerosas da próstata," disse o urologista. "Elas resistem e não morrem". Por isso é vital que, havendo tumor, o órgão seja totalmente extirpado.

Impotencia

Até quinze anos atrás, a cirurgia radical levava à impotência em 100 por cento dos casos. Hoje, se a doença for descoberta ainda no estágio inicial e se o paciente tiver entre 50 e 60 anos, a vida sexual poderá continuar ativa.

"Como a cirurgia preserva os feixes vásculo-nervosos, o índice da manutenção da potência é de 80 por cento", afirmou Joaquim Claro. "O homem mantém o desejo, a ereção e a capacidade de obter orgasmo."

Acima dos 60 anos, apenas 40 por cento a 50 por cento dos homens que retiraram a próstata têm ereção, embora esse inconveniente possa ser facilmente contornado com remédios de última geração. Mas a mesma cirurgia que possibilita ao homem viver dignamente retira dele a possibilidade de gerar filhos. A esterilidade é inevitável.

Fonte: CNN

news_final.GIF (2048 bytes)

Para voltar, use o botão voltar de seu navegador.