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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

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Ótimos resultados podem apressar aprovação
da pílula do câncer - Glivec
 

Pode tornar-se uma das drogas aprovadas mais rapidamente: chamada Glivec, tem mostrado resultados surpreendentes em pacientes com um tipo comum de leucemia e as autoridades dos Estados Unidos podem apressar o processo e liberar logo sua comercialização. Com apenas três anos de estudos e pesquisas,
quando a média é de cinco a sete anos, a empresa Novartis apresentou pedido de aprovação junto a Food and Drug Administration, FDA, agência que regula drogas e alimentos do país.

Segundo David Epstein, presidente da divisão de oncologia da empresa, a agência considera essa nova droga muito importante, cujos benefícios não são encontrados em nenhuma outra, e, por isso, trabalhará em estreita colaboração com os pesquisadores da Novartis de modo a poder tomar uma decisão o mais rápido possível.

Em um resultado inédito no campo do câncer, houve 100 por cento de resultados positivos nos primeiros 31 pacientes de leucemia mielóide crônica (LMC), disse Epstein.

Em um estudo mais amplo, envolvendo 1230 pacientes, os resultados não foram tão fantásticos quanto os iniciais, mas ainda assim foram contundentes. A contagem de células brancas do sangue voltou a níveis normais em 88 por cento dos pacientes.

Quase metade dos pacientes teve o que se chama de resposta citogênica, o defeito genético para a doença foi reduzido ou não pode ser detectado.

Essa ausência do defeito poderia indicar uma cura, mas o período mais longo que um paciente tomou a droga foi menos de três anos. Quando os pacientes estiverem livres do câncer por pelo menos cinco anos, poderão ser considerados curados.

"O que é realmente dramático nesse novo tratamento é que se trata de um comprimido que as pessoas tomam diariamente," disse dr. Brian Druker, da Oregon Health Sciences University, que tem conduzido os estudos com Glivec. "Muitos pacientes nos dizem que se sentem melhor do que nos últimos anos."

Embora ainda não tenha concluído todas as fases de testes, a Novartis ressaltou que é normal querer lançar o medicamento logo quando a necessidade médica é tão grande e o benefício proporcionado pela droga tão claro.

"Garantimos que esses testes foram feitos dentro dos mais altos padrões possíveis de modo que, quando começarmos a comercializá-la, poderemos dar instruções claras aos médicos sobre como dosar a droga, que índice de resposta esperar e quais os possíveis efeitos colaterais.

Os efeitos colaterais foram mínimos e incluem náusea, cãibra e retenção de líquidos. Os pesquisadores explicaram que os efeitos suaves e os resultados animadores se devem ao fato de Glivec ser uma terapia de câncer que ataca apenas as células da leucemia. Os tratamentos padrões atuais matam tanto as células cancerígenas como as normais.

Em todo o mundo, cerca de 5.000 pacientes estão tomando Glivec experimentalmente. Também está sendo testada em pacientes com câncer de próstata, pulmão, cérebro e estômago.

Segundo a Novartis, as autoridades norte-americanas estão tratando o assunto do modo mais rápido, o que possibilitará que Glivec seja lançada no mercado até o final desse ano. A empresa está otimista com a aprovação da droga também na Suíça e Japão.

Fonte: CNN

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