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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

Bebês que mamam no peito são
'mais inteligentes'
   

As crianças que mamam no peito por menos de três meses podem ter a inteligência afetada, segundo uma pesquisa de cientistas noruegueses e dinamarqueses.

Os pesquisadores analisaram 345 crianças entre as idades de 13 meses e cinco anos, levando em conta o tempo em que elas foram alimentadas pelo seio materno.
Eles descobriram que as crianças que mamaram no peito por menos de três meses têm desenvolvimento mental inferior aos 13 meses de idade e Q.I. (Quoeficiente de Inteligência) mais baixo aos cinco anos, do que as que foram amamentadas até os seis meses.

Mesmo levando-se em consideração a idade da mãe, a inteligência e educação, e se ela era fumante, ou não, os cientistas afirmam que as diferenças entre o período de amamentação ainda influenciam.

Desenvolvimento mental

Mas os cientistas não encontraram relação entre a extensão de tempo em que as crianças são amamentadas e sua coordenação motora.

O médico Torstein Vik, do Departamento de Medicina Comunitária da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, em Trondheim, disse: "Os dados que temos sugerem que quanto mais tempo a criança é amamentada, melhor seu desenvolvimento cognitivo".

Ele disse ainda que é possível que a intimidade entre mãe e filho durante o aleitamento materno seja tão importante quanto os nutrientes do leite humano, vitais para o desenvolvimento.

Belinda Phipps, chefe executiva de uma fundação britânica para crianças recém-nascidas, disse que o estudo prova o que há muito já se sabia – que "o leite materno é o melhor".

"O leite materno é a maneira natural de alimentar bebês. É feito sob medida para os humanos", disse ela.

Ela disse ainda que o estudo era encorajador porque mostra que o aleitamento materno por seis meses pode ter resultados dramáticos, e deve ser levado em consideração na hora em que a mãe decide voltar ao trabalho, depois de dar à luz.

Phipps disse ainda que a fundação aconselha que as mães amamentem os bebês até o segundo ano de vida.

Fonte: BBC

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