Os jovens com idade entre
10 e 20 anos são os principais atingidos pela apendicite. A única forma de tratamento da
doença é a retirada do apêndice, órgão linfóide, cuja função é de defesa
orgânica, semelhante à amígdala. As informações são do cirurgião-geral José Flávio Souza Bezerra, do
Hospital de Base de Brasília, em entrevista à Radio Nacional da Amazônia.
O apêndice é uma estrutura localizada no cólon,
no intestino grosso. Representa uma pequena parte da anatomia humana, semelhante ao dedo
mínimo da mão.
"Esse órgão é o responsável pela proteção
do intestino, no entanto sua ausência não prejudica o bom funcionamento do
organismo", afirma o cirurgião.
A doença é causada pela proliferação bacteriana
no interior do órgão, que acontece através de um processo infeccioso, provocado pela
obstrução de seu canal.
Segundo Bezerra, o diagnóstico precoce é decisivo,
pois se a doença não for detectada a tempo, a infecção pode vir a formar pus em seu
interior.
"Ele pode ainda se romper com a evolução do
processo infeccioso e a secreção purulenta cair na cavidade peritonial, vindo a se
tornar uma peritonite", disse Bezerra.
O médico informou que, neste caso, há um grave
quadro de abcesso da cavidade abdominal a requerer um tratamento cirúrgico de urgência,
chamado apendicectomia. Quando não tratada corretamente, pode levar à morte.
Os sintomas da doença são fortes dores na parte
inferior direita do abdomen, febre em torno de 37° C, 38° C, hiporexia (diminuição do
apetite) e, às vezes, vômito.
Não há prevenção para apendicite aguda, que pode
ser originada pelo consumo de sementes de tomate e goiaba.
Em casos de diagnóstico precoce, há uma suspensão
cirúrgica, por pequena incisão. De acordo com o cirurgião-geral, a recuperação é
rápida e, no máximo em 48 horas, o paciente recebe alta, podendo voltar às suas
atividades em até dez dias.
(Com informações da Agência
Brasil)
Fonte: CNN |