reforça suas pesquisas
anteriores sobre o uso de antioxidantes para aumentar a expectativa de vida de minhocas. Mas o cientista advertiu para a importância de se fazer uma distinção
crucial entre aumentar a longevidade de uma minhoca ou de um rato modificado geneticamente
e tornar mais longo o tempo de vida de um ser humano.
O estudo de Melov, publicado na Journal of
Neuroscience, mostrou pela primeira vez, de acordo com o cientista, que essas drogas agem
para prolongar a vida de mamíferos.
"Nós estamos começando a ter uma compreensão
muito boa dos tipos de danos que podem surgir no processo de envelhecimento", disse o
pesquisador.
Oxidação é a reação química que leva os metais
a enferrujar. Mas, nas células, o fenômeno pode danificar o DNA - o código genético -,
levando, algumas vezes, ao câncer e a outras doenças e, segundo muitos cientistas, às
mudanças relacionadas ao envelhecimento.
Os antioxidantes incluem as vitaminas C e E.
Os ratos, no estudo de Melov, foram modificados
geneticamente para ter uma determinada forma de dano oxidante e, sem remédios, sobreviver
apenas uma semana, aproximadamente, o que permitiu que o pesquisador e sua equipe vissem
rapidamente os resultados.
Melov explicou que os antioxidantes agiram para
reduzir a zero os assim-chamados radicais livres - moléculas tóxicas que são produzidas
em cada célula do organismo e que são necessariamente poluentes no processo de queima de
energia.
Finalidade
seria curar doenças degenerativas
Os componentes antioxidantes se instalam nas
células e até mesmo na mitocôndria - o centro do metabolismo - para conter os efeitos
de envelhecimento acionados pelos radicais livres.
A pesquisa mostrou que os ratos alterados
geneticamente viveram aproximadamente quatro semanas ao receberem as drogas - quatro vezes
mais que a vida "normal" planejada pelos cientistas para a experiência -,
segundo Melov.
"O estudo mostra que essas drogas são muito
eficazes contra a prevenção de danos oxidantes no cérebro", afirmou o pesquisador.
"Isso pode ter utilidade no tratamento de doenças como o mal de Alzheimer e o mal de
Parkinson".
O próximo passo na pesquisa, segundo Melov, é
experimentar os antioxidantes em ratos normais.
"Se continuarmos a acumular provas em relação
à eficiência dessas drogas contra os efeitos dos radicais livres no processo de
envelhecimento, então eu não acredito que seja uma previsão improvável que elas serão
eficazes no prolongamento da vida em mamíferos", completou.
(Com
informações da Reuters)
Fonte: CNN |