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Pesquisadores
do Instituto Nacional para os Idosos dizem que ferimentos na cabeça podem levar ao mal de
Alzheimer |
WASHINGTON -- Idosos que sofreram graves ferimentos na cabeça, no início da vida
adulta, correm risco maior de sofrer do mal de Alzheimer, disseram pesquisadores do
Instituto Nacional para os Idosos (NIA), dos Estados Unidos, e da Duke University, no
estado da Carolina do Norte.
Quanto mais severo o golpe ou o ferimento na cabeça, maior é o risco de ter a
doença, concluíram os especialistas, que nesta semana divulgaram o resultado de sua
pesquisa conjunta na revista norte-americana Neurology.
Os pesquisadores disseram não saber o motivo pelo qual, biologicamente, existe uma
separação de até 50 anos entre os ferimentos e a doença, mas acrescentaram que seus
estudos mostram que o mal de Alzheimer desenvolve-se num processo longo e progressivo.
"Nós descobrimos que ferimentos na cabeça, no início da vida adulta, estão
associados a um aumento no risco de ter mal de Alzheimer e demência na terceira idade, e
esse risco aumenta com o grau de severidade do ferimento", escreveram os cientistas
em seu relatório, publicado na edição desta terça-feira da revista norte-americana
Neurology.
"Entender como o ferimento na cabeça e outros fatores de risco começam seu
trabalho destrutivo pode levar à descoberta de meios para interromper o processo do mal
de Alzheimer em seus estágios iniciais", acrescentou a doutora Brenda Plassman, da
Duke University, que participou do estudo.
A pesquisa, no entanto, não mostra que os ferimentos causam diretamente a doença,
ressaltou o dr. Richard Havlik, da NIA.
"Apesar de não compreendermos completamente o que acontece, na prática, essa
pode ser mais uma razão para usar aquele capacete quando se anda de bicicleta, em vez de
mantê-lo no armário", acrescentou.
Havlik, Plassman e seus colegas analisaram informações médicas de homens,
veteranos da Segunda Guerra Mundial, que serviram na Marinha e no Corpo de Fuzileiros
Navais e foram hospitalizados com ferimentos na cabeça.
Em seguida, eles rastrearam o paradeiro de 548 desses veteranos que sofreram
ferimentos na cabeça e de outros 1.228 veteranos que nada haviam sofrido.
Posteriormente, os cientistas examinaram voluntários desses grupos para ver quem
tinha Alzheimer. O risco de ter a doença ou outras formas de demência era o dobro nos
homens com ferimentos moderados na cabeça, e quatro vezes maior naqueles que sofreram
graves ferimentos na cabeça. Fonte: CNN |
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