O estudo, publicado na edição
de dezembro de Alcoolismo: Pesquisa Experimental e Clínica, revela que homens que abusam
do álcool não foram capazes de voltar rapidamente a fazer uma determinada atividade
depois de serem interrompidos por um barulho repentino. O mesmo teste feito com não-alcoólatras mostrou que estes puderam
reassumir as atividades normalmente.
"Nossa pesquisa mostrou uma possível conseqüência
funcional dos efeitos do álcool no cérebro", afirmou Jyrki Ahveninen, da
Universidade de Helsinki, na Finlândia, à Reuters.
Para realizar as investigações, Ahveninen e sua equipe
mediram as respostas do cérebro com a ajuda de eletrodos ligados na cabeça de 20 homens
alcoólatras e de outros 20 que bebiam socialmente, e ambos tiveram de diferenciar dois
tipos de tons e ignorar ocasionais mudanças de frequência nos mesmos tons.
Os alcoólatras foram mais facilmente distraídos e tiveram
problemas para reconhecer o som original.
"Temporariamente, isso sugere que os pacientes que
começam a beber bastante ainda na adolescência são mais suscetíveis a desenvolver
falhas nos circuitos cerebrais relacionados à atenção", frisou Ahveninen.
"Tais descobertas podem nos levar a ter uma nova
concepção sobre as origens das falhas cognitivas no alcoolismo", conclui.
Fonte: CNN |