"É por isso que é
muito importante que desenvolvamos, como investimento prioritário, serviços de
aconselhamento e detecção em grande escala" O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu no final de abril passado, em
Abuja, capital da Nigéria, a criação de um fundo contra a Aids, tuberculose e malária
Segundo Piot, os 7 a 10 bilhões de dólares que
foram mencionados nessa ocasião deveriam ser destinados, unicamente, à luta contra a
Aids.
Atualmente, dois bilhões de dólares são gastos
por ano na luta contra essa doença nos países em desenvolvimento. Esse dinheiro é
dividido entre fontes privadas e públicas, informou o responsável da ONUAIDS.
Peter Piot fixou um prazo de cinco anos para que um
fundo mundial contra a Aids seja plenamente operacional. Até o momento, só os Estados
Unidos prometeram 200 milhões de dólares.
O alcance e a definição desse fundo devem ser
discutidos em Genebra este fim de semana por representantes de governos de todo o mundo,
organizações internacionais, pelo setor privado e pelas ONGs.
Mas, nas últimas semanas opiniões divergentes em
relação ao tema foram expressadas. Os participantes também devem discutir sobre os
mecanismos de coleta e distribuição dos fundos.
O dinheiro arrecadado, destacou Piot, deveria ser
distribuído "de maneira equilibrada" entre os medicamentos para a Aids e a
prevenção.
Piot disse que "a pessoa soropositiva não
precisa de tratamento imediato", e informou que a ONUAIDS recomenda o início do
tratamento "só a partir do momento em que se atinge uma certa deficiência
imunitária".
"Isso constitui uma mudança em relação às
recomendações anteriores, que aconselhavam um tratamento imediato ao começo da
infecção, precisou. Piot citou como principais razões para a modificação o
desenvolvimento da resistência aos tratamentos e os efeitos secundários.
"Em números gerais, acreditamos que entre 20 e
25% das pessoas infectadas pelo vírus precisam de tratamento", afirmou.
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Fonte: CNN |