Pesquisadores estão
otimistas com a possibilidade de desenvolvimento de uma vacina contra Aids no prazo de dez
anos. A declaração foi feita neste domingo por Margaret Johnston, diretora do setor de
vacinação dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, durante conferência
sobre a enfermidae nesta capital. Johnston disse que havia dezenas de protótipos de
vacina em desenvolvimento em todo o mundo. "Nunca se esteve tão otimista como agora com relação à
possibilidade de uma vacina contra a Aids", disse Johnston aos delegados da
conferência, o Sexto Congresso Internacional sobre Aids na Ásia e Pacífico.
"Não sabemos ainda como será, os testes
clínicos exigirão algum tempo
e não se terá um índice de eficácia de 100 por
cento", ressalvou.
Johnston disse ainda que a vacina mais avançada em
desenvolvimento é a GP-120, que está sendo desenvolvida pelo laboratória VaxGen, da
Califórnia.
A vacina é feita de uma proteína que compõe a
camada externa do vírus HIV e estimula anticorpos para neutralizar ou deter sua
expansão.
Já em fase de testes na Tailândia, América do
Norte e Holanda, a vacina poderá ter resultados aferidos ainda no próximo mês. Se os
resultados forem promissores, testes mais amplos serão realilzados no espaço de três
anos, segundo Johnston.
Camboja tem o maior índice de infecção de
HIV/Aids da Ásia, embora o número de contaminações tenha caído, em função de
medidas preventivas das autoridades cambojanas, segundo peritos que participam da
conferência.
Cerca de 3.000 delegados de mais de 40 países
estão participando da conferência, que se prolongará até o dia 10 de outubro.
Segundo dados levados à conferência, cerca de 36
milhões de pessoas convivem com o HIV, o vírus causador da Aids. Na Ásia, cerca de 6.4
milhões de pessoas têm a doença.
Até agora, a disseminação da Aids na Ásia está
relativamente restrita a grupos de alto risco, incluindo prostitutas, viciados em drogas
intravenosas e homossexuais masculinos.
(Com informações da Reuters)
Fonte: CNN |