Existem cada vez mais
evidências científicas apontando o efeito benéfico de um estilo de vida ativo na
manutenção da capacidade funcional e da autonomia física durante o processo de
envelhecimento. Além dos benefícios já citados anteriormente pela atividade aeróbica
existem também importantes benefícios do treinamento de força muscular no adulto e na
terceira idade:
Melhora da velocidade de andar.
Melhora do equilíbrio.
Aumento do nível de atividade física espontânea.
Melhora da auto-eficácia.
Contribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea.
Ajuda no controle do Diabetes, artrite, Doença cardíaca.
Melhora da ingestão alimentar.
Diminuição da depressão.
Uma das principais causas de acidentes
e de incapacidade na terceira idade é a queda que geralmente acontece por anormalidades
do equilíbrio, fraqueza muscular, desordens visuais, anormalidades do passo, doença
cardiovascular, alteração cognitiva e consumo de alguns medicamentos. O exercício
contribui na prevenção das quedas através de diferentes mecanismos:
1- Fortalece os músculos das pernas e
costas.
2- Melhora os reflexos.
3- Melhora a sinergia motora das reações posturais.
4- Melhora a velocidade de andar.
5- Incrementa a flexibilidade.
6- Mantém o peso corporal.
7- Melhora a mobilidade.
8- Diminui o risco de doença cardiovascular.
Segundo dados científicos a
participação em um programa de exercício leva à redução de 25% nos casos de doenças
cardiovasculares, 10% nos casos de acidente vascular cerebral, doença respiratória
crônica e distúrbios mentais. Talvez o mais importante seja o fato que reduz de 30% para
10% o número de indivíduos incapazes de cuidar de si mesmos, além de desempenhar papel
fundamental para facilitar a adaptação a aposentadoria.
ATIVIDADE FÍSICA E LONGEVIDADE
Um dos aspectos mais fascinantes que
tem sido motivo de várias pesquisas é a relação entre o exercício e a longevidade. Os
estudos têm demonstrado que os indivíduos fisicamente ativos apresentam menor
deterioração da aptidão física. Paffenbarger acompanhou aproximadamente 14.000
ex-alunos de Harvard, por 22 anos, e observou que os indivíduos que pararam de praticar
esportes tiveram 35% de incremento no risco de morte sobre aqueles que continuaram
sedentários. Porém aqueles que começaram a praticar esportes experimentaram índice 21%
menor de morte que aqueles habitualmente sedentários. Aqueles que se tornaram mais ativos
experimentaram um índice 28% menor de morte e os que sempre se mantiveram ativos, um
índice 37% menor que os que nunca fizeram exercícios vigorosos. Com a mesma amostra
dividida em três grupos de acordo com a energia gasta em atividades como caminhar, subir
escadas e praticar esportes, o autor achou um incremento na expectativa de vida maior nos
indivíduos que eram mais jovens quando entraram no estudo e nos mais ativos (2.000
cal/sem) quando comparados aos menos ativos (500 kcal/sem) e moderadamente ativos
(501-1.999 kcal/sem). 0 aumento na expectativa de vida quando os mais ativos foram
comparados aos pouco ativos foi em média de 2,51 anos para indivíduos de 35-39 anos de
idade no início do estudo e de 0,42 anos nos indivíduos de 75-79 anos. Um dado também
interessante foi o fato de que a porcentagem de indivíduos maiores de 80 anos foi maior
entre indivíduos mais ativos (69,7%) do que nos menos ativos (59,8%). Evidências
epidemiológicas mais recentes16 com 5.567 homens de 40 a 59 anos de idade sustentam que o
hábito de realizar atividades físicas leves ou moderadas reduz a taxa de mortalidade
total e a de mortalidade por causa cardiovascular em homens de idade avançada.
Fonte:Texto transcrito do artigo
- VIDA ATIVA PARA O
NOVO MILÊNIO - do Dr. VICTOR MATSUDO - Revista Oxidologia set/out: 18-24, 1999 -
Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul - Programa
Agita São Paulo.
Artigo Sugerido:
Os efeitos
benéficos do exercício físico para a terceira idade.
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