A quantidade de massa óssea
presente no esqueleto é o resultado da formação e da reabsorção. Este turnover
está diretamente relacionado à necessidade corporal de manter uma concentração
fisiológica de cálcio ionizado nos fluidos orgânicos e, especialmente, à necessidade
de manter a integridade estrutural do esqueleto. No processo fisiológico normal, a reabsorção e a
formação ósseas estão intimamente relacionadas em tempo, grau e espaço, tanto que a
formação óssea só é ativada depois que estiver estabelecida uma área de absorção.
O metabolismo ósseo é influenciado por vários fatores hormonais, locais,
comportamentais e ambientais, além de forças mecânicas, elétricas, químicas e
magnéticas. Esse mecanismo é relativamente rápido no osso trabecular e mais lento no
osso cortical.
Os osteoclastos são
recrutados para a superfície (processo chamado de ativação) e reabsorvem uma quantidade
de mineral, criando uma cavidade - lacuna de Howship - no osso trabecular. Essa
fase dura em torno de duas semanas e é seguida por um período de aparente inatividade no
sítio da reabsorção. Durante essa fase, os osteoclastos desaparecem e são
substituídos por macrófagos, cuja função não está inteiramente elucidada, mas que
parece ser a de depositar uma substância que inicia a cimentação. Como esse processo
ocorre entre a remoção do osso e sua subseqüente substituição, ele é chamado de fase
de reversão. Por um sinal desconhecido, os osteoblastos - células que sintetizam a nova
matriz - aderem-se à superfície da cavidade. Essas células sintetizam colágeno e
outras proteínas não colagenosas, que são secretadas dentro da cavidade para formar o
osteóide, uma matriz não mineralizada, que o será mais tarde, formando osso novo. Essa
fase de formação pode levar vários meses para se estabelecer. Sob condições normais,
a quantidade de osso novo sintetizado em cada sítio de remodelação é exatamente igual
àquela que foi removida pelos osteoclastos. Calcula-se que os adultos remodelem de 10 a
30% da sua massa óssea a cada ano. Esta ¨manutenção preventiva¨ faz com que o
esqueleto tenha uma idade média em torno de oito anos (Marinho, 1995). Saúde em Movimento.com.br
Autoras: Prof. Claudia
Maria Oliveira Simões, Joseane Ganske de Carvalho e Marcília Baticy Monteiro Morais -
UFSC
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