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Professores Paulo Gentil
Mestrando da Universidade Católica de Brasília
Pós-graduado em Musculação e Treinamento de Força pela GFe em Fisiologia do Exercício
pela UVA.
Presidente do Gease
Bruno Fischer
Coordenador de musculação da Academia Resistência Física
Membro do Gease |
Carboidratos
Carboidratos são moléculas compostas de
carbono, hidrogênio e oxigênio, em proporções constantes de 2:1 desse dois últimos
átomos, daí seu nome: carbo (carbono) + hidrato (água).
Esse macronutriente tem sua digestão iniciada na boca e é absorvido no intestino em suas
formas mais simples, caindo na circulação sangüínea. Diante de altos índices de
glicose (forma mais abundante de carboidrato) é iniciada a liberação de insulina, a
qual vai mediar o processo de absorção de algumas moléculas, dentre elas a glicose e os
lipídios, vê-se então a primeira maneira através da qual a ingestão de carboidratos
pode levar a hipertrofia e ao aumento do acúmulo de gordura.
Todos os 3 macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas) são compostos
basicamente de carbono, hidrogênio e oxigênio, à exceção das proteínas, que também
possuem nitrogênio. O que dá a cada substância propriedades únicas é a disposição
de suas ligações químicas e a proporção entre seus átomos. Após a
"quebra" dos alimentos restam moléculas que podem ser usadas na ressíntese de
vários tecidos, dependendo da demanda metabólica e da oferta nutricional. É como se seu
corpo tivesse limitados tipos de peças e a partir delas montasse inúmeros
quebra-cabeças. O problema é que seu corpo tem preferência por um tipo de
quebra-cabeça e sua capacidade de montar outros tipos é limitada, só ocorrendo quando
é estritamente necessário. Agora vêm a má notícia, o quebra-cabeça preferido de seu
corpo é a ... (pausa dramática)... gordura. As outras formas, como glicogênio e
proteínas musculares, podem ser induzidas pelas atividades físicas, porém sofrem
sérias limitações.
Dicas sobre a ingestão de carboidratos:
Escolha os alimentos pelo índice glicêmico: a magnitude da elevação dos níveis de
glicose sangüínea induzida por determinado alimento é denominada índice glicêmico, e
quanto maior for o índice glicêmico, maior será a liberação de insulina. Em diversas
ocasiões estes picos de insulina são interessantes, mas dificilmente serão bem-vindos
para quem deseja reduzir o percentual de gordura. Frutas e alimentos ricos em fibras
geralmente produzem menores respostas glicêmicas, Sears (autor do Ponto Z) é mais
radical e recomenda frutas inteiras ao invés de sucos, visto que as fibras se encontram
na polpa e não no caldo.
Aproveite o momento: depois do exercício temos um período de poucas
horas onde os carboidratos podem ser bem absorvidos através de um processo independente
da insulina, visto que as contrações musculares induzem a migração da proteína GLUT-4
para a superfície celular, fazendo desta uma boa hora para se ingerir carboidratos
(MacLean et al, 2000; . Outro momento favorável é após despertar, pois passamos várias
horas em jejum devido ao sono, favorecendo um processo catabólico mediado pelo cortisol,
o qual tem sua liberação inibida pelos níveis sangüíneos de insulina.
Evite o momento: altas taxas de glicemia inibem a liberação de
hormônio do crescimento, o qual tem picos significativos durante o sono. Quando
objetiva-se reduzir o percentual de gordura, a recomendação é estabelecer um intervalo
maior que quatro horas entre a última refeição composta de carboidratos e a hora de
dormir, para que não ocorra prejuízo dos picos de GH. Esta é uma recomendação
controversa e muito discutível na prática, porém há quem a defenda com muito afinco.
Coma de acordo com suas necessidades: qualquer macronutriente em excesso, seja ele qual
for, ocasionará acúmulo de gordura corporal, lembre-se dos quebra-cabeças, seu corpo é
muito limitado para acumular proteínas e carboidratos, mas não para acumular gordura.
Existem autores que defendem alta ingestão de carboidratos, outros defendem baixa, ou
até mesma nula, e alguns preconizam o equilíbrio, com quantidades equivalentes entre
carboidrato e gordura. Paradoxalmente, todos estão certos e errados ao mesmo tempo. Há
pessoas mais sensíveis que produzem respostas de insulina exageradas, portanto devem ter
cuidado com carboidratos. Muitos organismos não suportam concentrações elevadas de
corpos cetônicos geradas pela "abstinência", devendo equilibrar a ingestão de
glicidios. Por sua vez, dietas ricas em proteínas são desaconselháveis para portadores
de disfunções renais. Talvez a propagação destas dietas "revolucionárias"
tenha mais interesse financeiro do que humano, tanto que seus gurus são invariavelmente
autores de best-sellers e engordam sua conta bancária utilizando poderosas estratégias
de marketing.
Nem todas as dietas são agradáveis, minha recomendação é que se encontre o método
mais conveniente dentro das limitações fisiológicas e psicológicas de cada indivíduo,
lembrando de variar o cardápio e até mesmo o tipo de dieta, para evitar a monotonia e o
platô desencadeado pela adaptação metabólica.
Greiwe JS, Holloszy JO, Semenkovich CF Exercise induces lipoprotein lipase and
GLUT-4 protein in muscle independent of adrenergic-receptor signaling.J Appl Physiol 2000
Jul;89(1):176-81
Kristiansen S, Gade J, Wojtaszewski JF, Kiens B, Richter EA. Glucose uptake is increased
in trained vs. untrained muscle during heavy exercise. J Appl Physiol 2000
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MacLean PS, Zheng D, Dohm GL. Muscle glucose transporter (GLUT 4) gene expression during
exercise. Exerc Sport Sci Rev 2000 Oct;28(4):148-52.
Gorduras - digestão, absorção e metabolismo
Os lipídeos compõem-se de átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, e são
indispensáveis à diversas estruturas celulares e vias metabólicas, estando presentes em
diversas formas no corpo humano, com destaque para: triglicérides, colesterol e ácidos
graxos.
Digestão e absorção
Mais de 90% de nossa ingestão de lipídeos é feita sob a forma de triglicérides
(compostos de três moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol). Depois de ingeridas,
as gorduras chegam ao duodeno praticamente inalteradas. No duodeno libera-se a
colicistocinina que induz a contração vesicular, resultando na excreção da bile, e
promovendo a liberação do suco pancreático, rico em lipase, enzima que fraciona a
gordura em partículas menores.
Os produtos da digestão de triglicérides (ácidos graxos, monoglicerídeos, poucas
quantidade de glicerol...) tendem a aglomerar-se e formar micelas, ocorrendo
posteriormente sua absorção.
Após a absorção, os produtos da digestão de lipídeos, são novamente convertidos em
triglicérides e empacotados em partículas de lipoproteínas (quilomícrons e VLDL) que
caem na circulação. Ao passar pelos capilares de determinados tecidos, especialmente no
tecido adiposo, os triglicérides destas partículas são novamente dissociados em ácidos
graxos livres e glicerol. Os ácidos graxos são absorvidos pelos tecidos onde formarão
novos depósitos de gordura, enquanto o glicerol é transportado para o fígado ou rins,
onde será armazenado ou metabolizado. Em nosso corpo existem células especializadas em
armazenar gorduras, são as células adiposas (adipócitos), que chegam a ser compostas de
95% de gordura, na forma de triglicérides.
Resumidamente teríamos seis passos desde a ingestão até o acúmulo de gordura no tecido
adiposo:
1. Ingestão
2. Fracionamento de triglicérides no intestino.
3. Síntese de triglicérides na mucosa intestinal (quilomícrons) e fígado (VLDL)
4. Fracionamento dos quilomícrons e VLDL pela lipoproteína lípase dos adipóstios
(resultando em ácidos graxos e glicerol).
5. Entrada de ácidos graxos nos adipócitos e ida do glicerol para o fígado e rins
6. Síntese de triglicérides nos adipócitos
Metabolismo
Assim como os carboidratos, os lipídeos são oxidados em gás carbônico (CO2) e água
(H2O). Porém seus átomos de carbono têm baixos estados de oxidação, levando a
"queima" de gordura a liberar mais que o dobro de energia que a mesma quantidade
carboidrato ou proteína. Além disso, por serem compostos apolares, as gorduras são
armazenadas em estados anídricos, ao contrário da glicose que requer mais que o dobro de
seu peso seco em água. Por esses motivos, os lipídeos nos fornecem mais de seis vezes a
quantidade de energia quando comparado ao mesmo peso úmido de glicogênio.
O primeiro passo para o uso de triglicérides como energia é sua hidrólise em ácidos
graxos e glicerol, mediada pela hormônio-sensitivo-lipase, em seguida, estes subprodutos
são transportados para os tecidos ativos.
O glicerol sofre transformações e é imediatamente aproveitado na glicólise sob a forma
de 3-fosfogliceraldeído e degradado a piruvato que pode entrar no ciclo de Krebs
A degradação dos ácidos graxos ocorre nos mitocôndrias. Em um processo denominado
beta-oxidação as moléculas de ácidos graxos são transformadas em Acetil-CoA, que em
seguida entra no ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico) onde são totalmente
degradas.
O processo acima pode ser resumido em quatro estágios:
1. Hidrólise dos triglicérides contidos nos adipócitos em glicerol e ácidos graxos.
2. Aproveitamento do glicerol na glicólise.
3. Beta oxidação dos ácidos graxos, resultando em Acetil-CoA.
4. Entrada da Acetil-CoA no ciclo de Krebs
Proteínas
Autoria: Professor Bruno Fischer
Estrutura e função
O nome proteína tem origem em um termo grego que significa "de primordial
importância". Esse macronutriente é o componente celular orgânico mais abundante,
tendo diversas formas e funções. As proteínas fornecem a base estrutural de todos os
tecidos e órgãos além de formarem neurotransmissores e hormônios polipeptídicos, tais
como Insulina e Hormônio do Crescimento. As proteínas encontradas dentro do núcleo da
célula (DNA) transmitem as características hereditárias e são responsáveis pela
síntese protéica contínua. As proteínas globulares formam as quase 2.000 enzimas
diferentes que são responsáveis por desempenhar funções específicas, acelerando e
regulando reações químicas e conferindo a determinados tecidos suas capacidades
metabólicas. Além disso, os protídeos são responsáveis por mecanismos contráteis,
com destaque para a actina e miosina.
As proteínas, assim como os carboidratos e as gorduras, contém átomos de carbono,
oxigênio e hidrogênio, porém, diferente deles, as proteínas contém nitrogênio (16%
da molécula), enxofre, fósforo e ferro. As moléculas de protídeos são polimerizadas a
partir de blocos formadores, denominados de aminoácidos (ver Aminoácidos). Apesar das
proteínas apresentarem estruturas e funções bastante diversificadas, elas são
sintetizadas a partir de apenas 20 aminoácidos diferentes. Todos esses vinte aminoácidos
devem estar simultaneamente presentes na célula para que aconteça a síntese proteica.
Nove deles não podem ser sintetizados pelo organismo humano, portanto deverão ser
obtidos pelos alimentos (dieta), chamando-se por isso aminoácidos essenciais. Além disso
o corpo sintetiza cisteína e tirosina a partir de dois outros aminoácidos essenciais, a
metionina e fenilalanina respectivamente. Outros nove podem ser produzidos pelo corpo, a
partir de compostos intermediários, oriundos do metabolismo de carboidratos e lipídios.
Estes nove aminoácidos e os dois que são sintetizados a partir de aminoácidos
essenciais são chamados de aminoácidos não-essenciais.
Classificação e fontes proteicas
Em geral as proteínas dietéticas podem ser classificadas em: proteínas completas, que
contém todos aminoácidos essenciais na quantidade e relação corretas para manter o
equilíbrio nitrogenado e; proteínas incompletas possuem uma qualidade inferior e não
contém um ou mais dos aminoácidos essenciais.
"A qualidade nutricional das proteínas depende da sua digestibilidade e
composição"
Um dos parâmetros que avaliam a importância de um alimento como fonte protéica é o seu
conteúdo proteico, geralmente expresso em gramas de proteína por 100g de alimento (ver
quadro 1). Carnes, peixes, laticínios e ovos são os mais ricos em proteínas, seguido de
longe por alguns grãos e cereais e por último frutas e tubérculos.
Quadro 1
Alimento (100 gramas) |
Proteínas
(gramas) |
Lipídios
(gramas) |
Glicídios
(gramas) |
bacalhau cozido |
34.80 |
0 |
0.84 |
carne de boi cozida |
27.50 |
10.81 |
0 |
bife de figado de boi |
25.87 |
9.94 |
5.72 |
peito de frango grelhado |
23.30 |
1.75 |
0 |
atum envasado |
24.20 |
10.80 |
0 |
carne de porco assado |
24.00 |
33.00 |
0 |
peixe cozido |
22.90 |
0.70 |
0 |
camarao cozido |
17.80 |
0.80 |
0.80 |
queijo minas frescal |
18.00 |
19.00 |
0 |
ovo de galinha- clara cozida |
12.80 |
0 |
0 |
ovo de galinha cozido inteiro |
12.80 |
11.50 |
0.70 |
castanha do para |
17.00 |
67.00 |
7.0 |
bolacha agua e sal |
12.00 |
7.00 |
71.00 |
aveia flocos |
14.00 |
1.40 |
65.00 |
pao frances |
9.30 |
0.20 |
57.40 |
ervilha verde cozida |
6.70 |
0.40 |
12.10 |
milho verde cru |
6.20 |
5.20 |
63.50 |
feijao preto cozido |
6.00 |
0.42 |
14.24 |
lentiha cozida |
5.00 |
0.40 |
25.90 |
leite de vaca desnatado (ml) |
3.60 |
0.10 |
5.00 |
arroz cozido |
2.80 |
0.10 |
24.40 |
acai |
3.80 |
12.20 |
36.60 |
banana |
1.30 |
0.30 |
22.80 |
maca |
0.40 |
0.50 |
14.20 |
A tabela acima está expressa em gramas ou mililitros
As propriedades que melhor definem a qualidade nutricional de um alimento em termos
protéicos, são sua digestibilidade e seu valor biológico. A digestibilidade é a medida
do percentual da proteína ingerida e efetivamente absorvida no trato gastrointestinal.
Já o valor biológico refere-se à integridade com que o alimento fornece os aminoácidos
essenciais. Porém não é interessante a analise da digestibilidade e do valor biológico
isoladamente para identificar a qualidade de uma proteína. Existe um índice que
considera tanto a digestibilidade quanto o valor biológico e que, portanto, revela a real
qualidade nutricional de uma proteína, é o NPU (Net Protein Utilization) . O NPU mede a
quantidade de nitrogênio que é ingerido, absorvido e retido. A maioria das proteínas
animais tem altos valores biológicos e de digestibilidade, portanto índices altos de
NPU, as proteínas vegetais por outro lado, tem digestibilidade e valor biológico
menores, que refletem índices baixos de NPU. (quadro 2)
Quadro 2. Valores de NPU de alguns alimentos
Alimento |
NPU |
leite humano |
95 |
ovo |
90 |
leite de vaca |
81 |
carne bovina |
70 |
arroz polido |
60 |
farinha de soja |
58 |
amendoim |
50 |
trigo integral |
45 |
milho |
40
|
Ingestão recomendada de
proteínas
Esse assunto já foi bem detalhado anteriormente pelo professor Paulo Gentil (ver Ingestão
de proteínas), portanto vamos fazer apenas uma pequena recapitulação tentando abordar o
tema de forma mais prática. A Quantidade Dietética Recomendada (QDR) é uma media
diária recomendada pelo Departamento de Alimentos e Nutrição do Conselho Nacional de
Pesquisa/ Academia Nacional de Ciências (EUA). A QDR representa um excesso liberal,
seguro, e capaz de atender as necessidades nutricionais de praticamente todas as pessoas
saudáveis. A recomendação é de uma ingestão diária de 0,83g de proteína para cada
kg de massa corporal (PELLET, 1990). As computações teóricas da proteína necessária
para manter a síntese muscular induzida por um treinamento com pesos apóiam a posição
que a QDR é suficiente para as demandas anabólicas do exercício e do treinamento
(BUTTERFIELD-HODGEN and CALLOWAY, 1977; DURNIN, 1978; HICKSON et al, 1990). Atualmente a
recomendação de 1,2g a 1,6g de proteínas por kg de massa corporal para indivíduos que
praticam atividade física intensa parece ser segura. Porém se a ingestão energética
não for igual ao dispêndio energético, até mesmo uma ingestão de duas vezes a QDR
pode ser insuficiente para manter um balanço nitrogenado (BUTTERFIELD, 1987). Fazer uma
dieta de restrição calórica pode afetar negativamente os esquemas de treinamento que
pretendem aumentar a massa muscular ou manter um alto nível de potência ou força
(WALBERG et al, 1988).
Um atleta ativo necessita de aproximadamente 50 calorias de alimento por quilograma de
massa corporal por dia a fim de obter calorias suficientes para um desempenho atlético
"ótimo". Uma dieta ideal para o treinamento deveria consistir em
aproximadamente 60-65% de carboidratos, 15-20% de proteínas e menos de 25% de gorduras.
Assim sendo, uma pessoa ativa, praticante de musculação intensa que pesa 80kg deveria
ingerir na sua dieta uma média de 4000 calorias por dia , lembrando que 1g de
gordura=9cal 1g de carboidrato=4cal e 1g de proteína=4cal .Então desse total de calorias
(4000) 2600 calorias (65%) são de carboidratos (650g), 600 calorias (15%) são de
proteínas (150g) e 800 calorias (20%) são de gorduras ( 88.88g). Façamos as contas,
150g de proteínas equivalem a 1.87g de proteínas por cada kg de massa corporal (1.87g x
80kg = 150g de proteínas), esse valor está acima do recomendável que seria de 1.2 a
1.6g. Apesar de 15% de proteínas parecer pouco, na verdade não é. O que acontece
normalmente é que acreditando no fato das proteínas serem as únicas formadoras de massa
muscular (o que não é verdade), negligenciamos o consumo de outros nutrientes deixando o
balanço energético total (proteínas, gorduras e carboidratos) aquém do desejável.
Conclusão
É comum vermos leigos montando pratos constituídos de 50% de fontes protéicas (por
exemplo, pratos de 1kg de comida, sendo 500g de peito de frango - que fornece
aproximadamente 116g de proteínas), além é claro de tomar suas 2 ou 3 doses de whey
protein diárias (mais 60-70g) e, de quebra, engolir alguns comprimidos de amonoácidos
entre as refeições, juntamente com o sanduíche de peito de (mais umas 20-30g de
proteínas por lanche). Prefiro nem fazer as contas dessa absurda ingestão proteica... No
mínimo está se jogando bastante dinheiro fora e enriquecendo os fabricantes de
suplementos!!!! Lembrem-se que nosso organismo não consegue armazenar o excesso de
proteínas dietéticas, e qualquer ingestão além da necessidade vai ser oxidada, o
restante da molécula pode ser transformada em energia ("incluindo as gorduras").
Uma dieta bem balanceada, com uma variedade de alimentos que proporcionem também uma
ingestão adequada de micronutrientes (vitaminas e minerais) é a melhor maneira de
conquistar seus objetivos, sejam eles estéticos, competitivos ou terapêuticos.
Evite seguir as "receitas" de pessoas não capacitadas, existem profissionais
especializados (nutricionistas e médicos nutrólogos) que a partir de uma avaliação,
exames e anamnese alimentar conseguem identificar deficiências alimentares, sanando as
mesmas com orientações cofiáveis.
Referências Bibliográficas
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Exer.,19:S157, 1987
BUTTERFIELD-HODGEN G, CALLOWAY DH. Protein utilization in men under two conditions of
energy balance and work. Fed. Proc., 39:377, 1977
DURNING JVPA. Protein requiriments and phisycal activity. In Nutrtion Physical Fitness and
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HICKSON JF, et al. Repeated days of body building exercise do not enhance urinary nitrogen
excretions from untrained young males. Nutr. Res.,10:723, 1990
MARZZOCO A ;TORRES B.- Bioquímica Básica. Segunda Edição. Guanabara Koogan, Rio de
Janeiro, 1999.
MAUGHAN R, GLEESON M, GREENHAFF PL.- Bioquímica do Exercício e do Treinamento. Manole,
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MCARDLE WD, KATCH FI, KATCH, VL. Fisiologia do Exercício. Quarta Edição. Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro, 1998
PELLET PL. Protein requirements in humans. Am. J. Clin. Nutr.,51:723, 1990
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WALBERG JL, et al. Macronutrient content of a hipoenergy diet affects nitrogen retention
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