Estresse - Aprenda a respirar corretamente para evitar o etresse
APRENDA
A RESPIRAR
Existem dois meios de se colocar ar nos
pulmões: no estilo barriga para dentro, peito para fora, que é a respiração torácica,
ou então através do diafragma, que é a respiração abdominal. Observe uma criança pequena dormindo. Veja como sua barriguinha sobe e
desce, numa calma de fazer inveja. Essa é a respiração diafragmática ou abdominal.
Agora lembre-se dessa mesma criança chorando ou assustada. Essa é a respiração
torácica. |
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Quando você enche o peito de ar, encolhendo a
barriga, está usando apenas a musculatura do tórax. Esse é o tipo de respiração de
quem está fazendo um exercício físico intenso. E é também o tipo de respiração de
quem está sob pressão. Nesse último caso, ocorre uma superficialização dos
movimentos, entrando menos ar em cada movimento, mas com um grande número de
inspirações e expirações. O resultado é acúmulo de ar viciado, pobre em oxigênio,
além de tensão muscular. Já a respiração diafragmática ocorre em situações de
calma e, muito importante, é capaz de diminuir a reação de alarme.
O diafragma é o músculo que separa o abdome do tórax, e pode ser controlado com um
mínimo de atenção. Experimente as seguintes recomendações, pratique por poucos
minutos ao dia, e confira os resultados! Antes de modificar seu padrão de respiração,
passe a observa-lo. Veja como você respira quando sob pressão, usando sua lista de
estressores, e aqui vale tanto um susto no trânsito quanto uma reunião de trabalho. Na
sequência, procure verificar sua respiração quando está cansado, como antes do almoço
ou no final do expediente. Nesta fase, não modifique. Apenas observe.
Num local calmo, em casa, passe a provocar a
respiração diafragmática, da seguinte maneira:
deitado, coloque uma mão na barriga, logo acima do
umbigo, e a outra no peito.
inale muito lentamente, procurando fazer de sua barriga um
balão expandindo-se. A mão da barriga deve subir e a mão do tórax deve se mexer muito
pouco. Respire com muita calma, de maneira regular e suave.
expire muito lentamente, mais ou menos na mesma velocidade que
inspirou. Deixe sair todo o ar. Se aguentar, fique um ou dois segundos antes de começar
um novo ciclo.
se pensamentos começarem a interromper sua concentração,
você poderá contar o tempo que está passando, como um mil, dois mil, três mil, etc.
sendo que cada um desses números cantado mentalmente equivale a aproximadamente um
segundo. Outra maneira é desenhar também na mente um círculo que se completa a cada
ciclo de respiração, imaginando metade na inspiração e metade na expiração.
é possível que suas primeiras experiências o deixem com
alguma tontura. Não force o organismo, este não é um desafio e muito menos uma
competição. Vá devagar e procure se adaptar aos poucos.
Quando estiver dominando a técnica você
conseguirá desencadear a respiração abdominal quando precisar. Passe a empregá-la em
situações de tensão. Pode ser no meio de uma reunião (ninguém vai notar), meio minuto
antes de atender àquele cliente importante, no meio do trânsito.
Essa prática é facílima e sem querer você não
apenas irá melhorar dos sintomas, mas também já começa a monitorar as situações que
o deixam mais tenso.
Autor: Cyro Masci cyromasci@regra.com.br
Fonte: A Hora da Virada: enfrentando os desafios da vida com equilíbrio e
serenidade. Ed. Saraiva. 4a. edição
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